Bombardeio russo mata família na Ucrânia: 'Apenas o pai sobreviveu', lamenta prefeito
Ataque russo à cidade de Lviv, que deixou 7 vítimas fatais nesta quarta-feira (4), matou uma mãe e suas três filhas dentro da própria casa. Mãe ucraniana e as 3 filhas morreram em bombardeio russo; pai é o único sobrevivente
Reprodução
Um ataque russo na cidade ucraniana de Lviv matou, nesta quarta-feira (4), uma mulher e as suas três filhas, dentro da própria casa. O pai foi o único sobrevivente da família, informaram as autoridades ucranianas.
Nas redes sociais, o prefeito de Lviv, Andrii Sadovi, postou uma foto da família reunida e lamentou:
"Após o ataque de hoje, a única pessoa nesta foto que sobreviveu é o homem. A mãe Yevheniya e suas três filhas - Yaryna, Daryna e Emiliya - foram mortas. De pé atrás está Yaryna Bazylevych. Ela tinha 21 anos. Yaryna trabalhava em nosso escritório para a Capital da Juventude 2025. A Rússia extermina famílias inteiras de ucranianos. Os russos estão matando os nossos filhos, o nosso futuro. Não tenho palavras para apoiar esse pai, estamos com você".
Também nas redes sociais, o projeto no qual a filha mais velha trabalhava, uma missão da Ucrânia em parceria com a União Europeia, expressou "tremenda tristeza" pela morte do sua "gentil e brilhante" colega.
"Tragicamente, Yaryna foi dormir ontem como de costume, mas ela nunca mais vai acordar. Toda noite, mísseis e drones russos aterrorizam nossas cidades, e dessa vez eles destruíram sua casa e tiraram a vida de sua família. Yaryna sonhava em construir novas pontes entre a UE e a juventude ucraniana, mas agora ela nunca terá essa chance", diz post.
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A Universidade Católica Ucraniana prestou homenagem a Darina Bazilevich, a irmã de 18 anos, e publicou algumas das cartas com as quais ela se candidatou para entrar no estabelecimento.
"Estou interessada na cultura e na história do meu país [...] quero desenvolver a cultura da Ucrânia e contar isso ao mundo inteiro", afirma ela na carta.
O bombardeio à Lviv matou sete pessoas no total. A cidade, localizada a centenas de quilômetros da linha de frente, no oeste do país, não é um alvo frequente, em comparação com outras áreas, desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.
As autoridades ucranianas condenaram o ataque e exigiram, mais uma vez, que os aliados ocidentais forneçam mais meios de defesa antiaérea. O governo ucraniano vêm pressionando aliados para que autorizem o uso de armas de longa distância contra a Rússia.
"Quantas famílias terão que morrer antes que a Ucrânia tenha todos os meios e decisões para destruir a máquina de guerra russa?", questionou o Ministério das Relações Exteriores ucraniano.
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